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As playlists do Spotify se tornaram muito mais que uma forma de reunir músicas, mas uma estratégia de marketing e branding.

Usar músicas como forma de expressão de identidade já era algo que pessoas de todo o mundo faziam. No cinema, por exemplo, a técnica existe desde o nascimento dos primeiros filmes, há mais de 100 anos, definindo o tom das cenas.

Agora, as marcas estão redescobrindo como fazer marketing com a criação de playlists em plataformas de streaming musical, permitindo que seu público se conecte ainda mais a ela.

A ideia é utilizar elas para fortalecer a experiência de quem conhece a empresa através de associações, mesmo que sutis, às músicas que gostam. Dessa forma, utilizando esse espaço para reforçar a presença online.

 

5 marcas que criaram playlists de sucesso

A arte de criar playlists do Spotify é a ideia perfeita para marcas que têm algo a dizer. Capaz de amplificar campanhas de marketing, a curadoria pode aumentar as vendas ao melhorar a comunicação com os clientes e, consequentemente, a experiência deles.

No entanto, muito mais que reunir músicas em uma playlist, é preciso desenvolver um posicionamento estratégico. Assim, é possível intensificar o contato com o público e o brand trust.

Algumas marcas, já mergulharam nessa tendência e deram início às suas próprias playlists:

Ford

A Ford é uma das empresas que mais gosta de usar essa estratégia. Além das playlists perenes, ela aproveitou para divulgar o lançamento da nova geração do clássico Mustang Ford. 

No Dia do Rock, a empresa lançou 6 playlists em parceria com o Spotify que celebram 6 momentos diferentes do rock e do Mustang. A marca se divertiu com a data e criou a estratégia perfeita para promover a novidade.

Starbucks

Starbucks também é uma grande parceira do Spotify. Seu uso é constante, especialmente associado às lojas físicas, onde as playlists são tocadas diariamente. 

Um exemplo foi o que aconteceu no início do mês, quando a marca usou o fim da The Eras Tour de Taylor Swift pelos EUA para criar uma playlist com 122 músicas da cantora. A estratégia utiliza a popularidade de Taylor para trazer mais pessoas para as cafeterias enquanto fortalece a marca através dos canais de notícias.

H&M

A H&M também utiliza suas playlists do Spotify nas lojas físicas, criando a atmosfera perfeita para uma experiência completa in store. Mas parece que as playlists são tão boas que se tornaram populares online, com direito a elogios nas redes sociais.

Warner Music Brasil

Warner Music, gigante do mundo da música, adentrou o mundo das playlists do Spotify efetivamente com o Topsify, site criado especialmente para integrar os compilados musicais em diferentes sites.

A estratégia garante que os músicos sob o selo mantenham-se em constante divulgação em playlists altamente populares. Afinal, no Spotify o perfil tem mais de 700 mil seguidores e listas com milhares de ouvintes diários.

Calçados Piccadilly

Calçados Piccadilly é uma antiga usuária do Spotify e também usa as playlists para criar o mood de seus produtos. No entanto, a marca ainda aproveitou para fortalecer suas campanhas através da plataforma.

Em 2019, ela desenvolveu uma estratégia 100% online para o Dia da Mulher e usou a plataforma para lançar uma música exclusiva, a “Todas”, cantada por Liège, Gisele De Santi e Nalanda.

Foto: Arquivo.

Uso das playlists como marketing

A curadoria de músicas para playlists do Spotify se tornou um negócio rentável. No Brasil, uma empresa se destaca nessa tarefa, a Bananas Music Branding, especializada no assunto. 

A marca surgiu diante de um mercado pouco desfrutado e tomou força nas redes sociais. Hoje, se dedica a criar playlists para mais de 100 marcas de destaque nacional.

No entanto, a reunião é apenas o início e, para que a estratégia seja fortalecida, é essencial garantir que as listas tenham objetivo. O clássico “para que?” já auxilia a definir a finalidade.

Muitas marcas utilizam elas para demonstrar a identidade digital da empresa e transmitir uma mensagem. Outras as usam para falar de forma sincera com o público-alvo, que nessas plataformas tende a ser gerações mais jovens, como Millenials e GenZ.

Para que isso funcione, a criação deve ser estruturada junto de outras ações. É importante divulgar as playlists nas redes sociais e comunicar aos que já conhecem a marca, fomentando o crescimento dos ouvintes.

Depois de conquistar seu público, é importante manter as curadorias alimentadas. Determine um período de atualização e sempre lembre-se de trazer os valores da empresa para a escolha.

As playlists têm alto poder de associação, mas precisam ter músicas coesas entre si. Elas permitirão que esteja conectado aos clientes, viajando com eles para onde forem, então dedique um tempo estruturando a ‘vibe’ desejada.

Não esqueça: as playlists do Spotify precisa ser uma experiência!

 

Playlists Patrocinadas

Recentemente, o Spotify divulgou uma nova ferramenta da plataforma: as Playlists Patrocinadas. Utilizando suas 14 playlists mais populares do Brasil, ela abriu espaço para que as marcas incluíssem sua logo em uma delas.

A publicidade seria direcionada aos ouvintes do Spotify Free e acompanhariam os já conhecidos áudios entre as músicas. Com isso, as empresas que desejam divulgar, escolheriam a lista com que mais tivessem conexão.

 

O papel das playlists do Spotify no Branding

Branding nada mais é que o conjunto de ações que influenciam a identificação da marca. Ele auxilia uma marca a ser lembrada pelo público.

Diversas ferramentas auxiliam nessa tarefa e as playlists do Spotify de uma marca também. Através delas, a empresa se mostrará ainda mais presente no dia a dia dos consumidores.

Essa curadoria ainda possibilita que um público se identifique com determinada marca e entenda que ambas acreditam e gostam das mesmas coisas. 

Outro ponto relevante é que pode associar emoções à marca, ajudando a criar fidelidade nos clientes e a sensação de fidelidade. Imagine que uma marca de sapatos deseja mostrar elegância e bem-estar, a playlist ideal pode ajudar a trazer isso à tona.

Quer saber mais sobre branding e definir a comunicação da sua empresa? Leia: Branding e rebranding, o que são e quando fazer?