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É comum ouvirmos que as crianças já nascem sabendo usar tablets, mobiles e celulares. É a “geração da internet”. A criança ainda não sabe ler nem escrever, mas já tem Instagram, Facebook e uma série de seguidores na web.

Além do fato de que, quase sempre, vem o questionamento acerca de quanto essa tecnologia realmente deve estar presente no cotidiano da molecada.

A questão é que, independente dos ambientes virtuais, a educação deve estar preparando essas crianças para adquirirem uma visão crítica do mundo, sendo capazes de analisar e interagir com toda a complexidade do nosso mundo real de modo sensível, crítico e com empatia ao próximo.

As redes sociais e toda a internet, como Youtube, sites de pesquisas e blogs permitem um acesso incrível a informações, vídeos, áudios e textos. Podemos ter, por exemplo, uma enorme troca de informação com culturas diferentes, dessa forma, quebrando barreiras geográficas e políticas.

Para educar, é preciso entender que não temos mais separação entre o real e o virtual, ou seja, não é mais concebível ter um posicionamento no meio virtual e outro na sua vida em sociedade. A empatia, o respeito ao outro e todas as suas relações devem estar em harmonia.

Todos estão aptos para aprender sobre o meio virtual, além de saber usar o computador e as redes sociais. Porém, o que você tem a dizer? O que há de enriquecedor em seu conteúdo para dirigirmos nosso tempo e atenção a ele?

Precisamos formar cidadãos, pessoas críticas, e a escola deve também estar presente nesta luta – seja no ambiente real ou virtual. A escola deve entender que o aluno pode e deve utilizar as ferramentas tecnológicas, mas sempre aludindo sobre a relevância de postura moral e ética. Transformando a realidade para algo sempre melhor, formando verdadeiros cidadãos digitais.

É essencial pensar o meio digital de forma inovadora e não permitir que ele venha ser apenas a reprodução de conteúdos de uma grade curricular. A tecnologia está aí para nos permitir pensar a educação de forma crítica, dialogando com essa nova geração que já nasce conectada à uma tela mediando o seu dia a dia.

O acesso à informação é enorme, mas é preciso estar atento para o fato de que o conhecimento só é efetivo a partir do momento em que o usuário consegue decodificar a informação e, posteriormente, realizar uma análise reflexiva sobre ela.

Não basta ser um sujeito passivo em um mundo em que somos bombardeados por informações, temos que entender onde toda essa informação nos levará.

Desejamos que a sociedade da informação seja uma sociedade plural, participativa e inclusiva. Para isso, é essencial oferecer aos sujeitos as competências para compreender a informação. Ter o afastamento necessário para a reflexão, usufruindo e produzindo conteúdo informativo.

As mídias são onipresentes, assim, é preciso entender a sua importância para a sociedade e educação. Compreendendo que elas fazem parte no processo de produção, reprodução e transmissão de cultura. São dispositivos técnicos de comunicação que afetam toda a sociedade. Entender a integração entre a mídia e a educação é fundamental para a contemporaneidade.